A química do amor

Publicado em: 08/06/2016
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No horizonte, o sol vai descansando para dar lugar à noite. Em pleno fim de tarde, ao caminhar entre ondas e areias, seu coração começa a acelerar, a respiração fica ofegante e os olhos parecem vibrar de tanta emoção. É o seu corpo reagindo ao amor. Vocês se olham, aproximam-se e, assim, o encontro acontece. A atração amorosa parece ser inexplicável, mas a ciência conseguiu identificar e reconhecer os motivos pelos quais o nosso corpo reage de maneira diferente quando tudo isso acontece.

“O amor não atinge somente o nosso ego, todavia está forte na forma mais concreta, pois realiza reações químicas perceptíveis em nosso corpo inteiro”, ressaltou o professor de Química, Albérico Lincoln. Essas reações acontecem em três fases distintas, porém indissociáveis.

“A primeira fase é iniciada ainda na adolescência, quando o desejo sexual é despertado por meio dos hormônios, sendo a testosterona nos homens e o estrogênio das mulheres”, explicou o professor. “Temos a paixão, que se manifesta através de várias formas como a falta de apetite e de sono. Nessa fase, não pensamos senão na pessoa amada e, justamente, por causa dos compostos químicos que agem no cérebro”, acrescentou.

Na segunda fase do amor, como bem destaca o professor Albérico, esses compostos químicos passam a ter grande influência no comportamento da pessoa. “Temos a noradrenalina, que acelera o bater do coração; a serotonina que nos torna obcecados, e a dopamina, que nos faz sentir felizes e tolos, pois basta só com um sorriso ou olhar”, detalhou. “A terceira é a fase da ligação, em que aparecem a oxitocina, que é o hormônio do carinho; e a vasopressina, hormônio que dá a garantia de fidelidade dos parceiros sexuais”, finalizou.

“Quando estamos apaixonados, ocorrem diversas reações químicas dentro de nosso corpo, como o beijo, o cheiro, o ciúme, o carinho e a primeira relação sexual. Os homens parecem ser mais susceptíveis à ação das substâncias responsáveis pelas manifestações associadas ao amor. Eles se apaixonam mais rápido e facilmente que as mulheres”, registrou.

Para o professor, o amor verdadeiro dura a vida inteira. Se não durou, é porque nunca foi amor. “Ele resiste à distância, ao silêncio das separações e até às traições. Sem perdão, não há amor, pois é a equação na qual domina a multiplicação do perdão”, concluiu Albérico.

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